Nada é tão destruidor para a ideia da Vida como um Fim do que a morte! Todo o sucesso, prestigio, bens adquiridos, de nada servem para o morto.
A Vida é um Meio para um Fim Maior, para aqueles que acordaram do sonho hipnótico vaidoso. A vida é Trabalho, apenas, ou seja, temos direito ao esforço e não aos frutos do trabalho. O que fica é algo muito pessoal, interior, secreto.
Essa civilização que valoriza e incentiva a competição, comparação e resultados é um senhor de escravos e inimiga da vida interior e evolução. O que colhemos e temos pleno direito é a compreensão, que é individual, invisível.
As necessidades materiais naturais e verdadeiras são pequenas, mas as necessidades interiores são imensas – é por elas que vale trabalhar mais. Somos condicionados a desejar coisas desnecessárias. A maioria dos valores sociais atuais são boçais, tolos e consomem a energia e tempo necessários para o crescimento interior.
Acumular coisas, trabalhar para isso, se angustiar, sofrer, competir, deixando de aplicar a vida para objetivos espirituais é um investimento para a morte porque impede o viver pleno, encurta a vida e é frustrante.