Sobre a População


Essa questão não pode continuar a ser negligenciada, ignorada e olhada apenas quando é tarde demais. A nossa civilização ignora quase tudo sobre o assunto.
Há muitos aspectos a serem considerados. Entre eles a reação instintiva das pessoas à presença das outras. A questão biológica da espécie humana no que se refere aos outros explica e determina muitas questões atuais, do passado e futuro.
Para aqueles que conhecem o comportamento das várias espécies animais sobre a questão da convivência, sabem que cada espécie tem seus códigos e formas de se reunir e separar. Esses comportamentos instintivos são muito regulares nas espécies – os estudiosos costumam a explicar isso pelo “instinto” e pelos períodos de acasalamento e cuidados da prole (determinados por certas condições hormonais).
É evidente que na espécie humana atuam outras variáveis e que essas devem ser consideradas. Essas variáveis alteram as várias tendências e comportamentos chamados de instintivos, mas não os anulam.
As complexidades são muitas. Na história é surpreendente como as populações, em geral, não ultrapassavam num certo período, determinadas concentrações e que hoje, parece que a tendência é que aumentem quase geometricamente. Há uma insistência maliciosa em atribuir o controle populacional a fome, as doenças, por exemplo. Entretanto, esses motivos são fortemente questionáveis. A questão das guerras, de uma cultura de acasalamento, de cuidados, de distanciamento se misturam com a questão instintiva da espécie, que não deve ser negligenciada. O homem, obviamente e inegavelmente, tem instintos e automatismos tão fortes quanto os dos animais.
Não se pode afirmar que a espécie humana seja tão menos antiga do que 1, 2 ou 3 milhões de anos. Nos registros que temos da história antiga é que jamais se atingiu uma população tão densificada quanto aquela de hoje. E isso tem razões importantes a serem consideradas e também suas consequências.
No passado se resolveu isso de várias maneiras mantendo a população sobre um controle por assim dizer, mais equilibrado. O que deu impressão para os contemporâneos que a população não crescia devido ao atraso na ciência, nos meios para garantir os suportes básicos de vida. O fato é que temos notícia de grandes civilizações avançadas que pereceram em guerras e influenciadas por certas ideais petrificadas, que não se adaptaram ao momento.
O que é preciso pontuar é que as pessoas não podem, instintivamente e biologicamente viver amontoadas como estão fazendo hoje. É evidente que, por vários motivos, sendo o principal relacionado a vitalidade, o instituto se diluiu e certos aspectos culturais promoveram, ademais, comportamentos contra a preservação.
Ao obrigar as pessoas a essa convivência anormal, como a das grandes cidades, ocorreu uma anulação e distorção do instinto de preservação. Isso impediu as guerras, e propiciou uma explosão populacional. Ademais, o instinto de viver mais afastado, em evitar os semelhantes, foi moldado em tolerância e aproximação porque ficou associado a sobrevivência.
Todos os comportamentos naturais de autodefesa e agressividade foram atenuados para impedir a manifestação do instinto. Isso afetou profundamente a sexualidade e a capacidade de encontrar e escolher parceiros compatíveis e superiores.
Uma das questões sobre o homem que o faz mais capaz de sobreviver, também o condena a vida como a das grandes cidades. Há no homem a necessidade de espaço, de estar sozinho, de ligação com a natureza, de meditar e ouvir o silêncio. A agitação, estar sempre cercado de outras pessoas, num ambiente artificial, poluído e barulhento o impede de um desenvolvimento normal, altera sua natureza mais profunda, o torna agressivo de uma maneira neurótica e mal dirigida.
Mesmo negando e camuflando a natureza auto-preservativa do homem, os adeptos do coletivismo não podem negar que seu instinto o leva a ser um indivíduo que deve, necessariamente, garantir sua vida e bem estar para poder fazer o mesmo a outros (“ama teu próximo como a ti mesmo”).
Qualquer coisa que se interponha entre o homem e suas necessidades básicas são interpretadas como uma ameaça séria de sua integridade e desencadeiam comportamentos de defesa e ataque para eliminar a ameaça.
O fato é que o modo de vida assim chamado “civilizado” é absolutamente antinatural e doentio. A luta por território, por reproduzir (escolher o companheiro (a)) por defender a família e, antes a si mesmo, é da natureza humana. Obrigar o homem a uma vida que não respeite essas necessidades é um prejuízo grave e irrecuperável.
Os instintos humanos são necessários, não devem ser alterados ou suprimidos e menos ainda exacerbados colocando a pessoa em situações artificiais onde fique obrigada a atacar seu semelhante ou ser atacada por ele. Não há nada errado com a natureza humana, mas certamente, há muito pervertido na sociedade.
As necessidades humanas foram todas ignoradas, negligenciadas e alteradas na vida “civilizada”. O resultado são seres doentios e que manifestam uma agressividade neurótica que se volta contra eles mesmos, contra a natureza, objetos, e moldam seres apáticos e também, rebeldes.
Toda essa perversão está presente na vida e nas manifestações culturais que ignoram a natureza humana.
Um homem, produto da atual civilização, jamais será normal e não desenvolverá seu potencial. O modo de vida civilizado é uma fábrica de seres doentes.
Essas condições artificiais e portanto anormais, prejudiciais à espécie, à saúde, à vida e à sociedade, levam a consequências graves e, entre elas, a de superpopulação. Ao inibir e deformar o instinto, a vida “civilizada” retira do indivíduo o controle interno salutar de comandar sua própria vida segundo sua natureza e em harmonia com o meio. Com isso, todo o autocontrole de seus instintos sexuais e tudo o que resulta dele, ficam sob o controle externo artificial, maliciosamente alterado por uma ideologia, por uma política alheia a natureza humana. A consequência é um comportamento sexual alterado, deformado, doentio que não responde mais ao interno na sua relação com a natureza, mas a sinais e comandos vindos de fora. E esse comportamento sexual, de defesa, territorial, protetivo, familiar, que deveria regular a população, ou seja, o número de indivíduos por território não ocorre naturalmente e temos uma explosão populacional. À pouco, a “riqueza” de uma nação era medida por sua população abundante, hoje, isso já é uma maldição. As máquinas assumiram o lugar das pessoas na produção de bens e até de alimentos e pessoas são indesejáveis e apenas um peso para o país e também para o mundo, segundo certos grupos de influência e controle.
Há várias tentativas ocultas e mais explicitas em diminuir a população, em controlar a população em todas as suas manifestações e comportamentos. A “pandemia” atual e tudo o que a precedeu é um exemplo inegável de como estão tentando “resolver” a distorção que eles mesmos criaram ao interferirem na natureza humana. O mundo despopulado, esterilizado e rico que imaginam, será absolutamente insano, artificial – desumano!

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