Crenças, ideologias e manifestações “culturais”, são em seu conjunto os movimentos automáticos, massificados e inconscientes de um povo ignorante e submisso quando não têm em sua origem as leis cósmicas e naturais e as necessidades humanas reais.
As pessoas se reconhecem como pertencentes a uma coletividade, a um país, por aquilo que é mais evidente e acessível: suas crenças, sua ideologia, sua língua, seus costumes e festas, seu modo de ser em sociedade. Como as pessoas foram moldadas em coisas vazias, impedidas de sua individualidade, do pensar ativo, refletem apenas a cultura e crença de seu grupo. Estão limitadas ao que podem acessar com os seus sentidos, os quais comandam suas emoções e moldam seus pensamentos. São autômatos, máquinas biológicas que obedecem aos seus sentidos, aos seus apetites e desejos. Elas estão incapacitadas para ir além de seus instintos e de seu pensamento simples entre afirmação e negação. Nesse estado infantil não há nenhuma coerência, nem mesmo pode se esperar que reajam ou ajam segundo a lei de causa e efeito, apoiados nas mais simples evidências de certo e errado, das leis naturais evidentes. Elas esperam seguir a maioria, as autoridades constituídas, mesmo que isso contrarie os fatos e as relações causais mais primárias.
Os conceitos de política, de economia são muito abstratos para seu estado de ser rebaixado. Se agarram as manifestações mais explicitas que estão diante deles, mesmo que não estejam apoiadas em nenhuma lógica ou ciência.
Claro e evidente que estão muito suscetíveis a serem dominados e escravizados por aventureiros e usurpadores nessa condição indigna. A tendência é que se tornem cada vez mais estúpidos e submissos a coisas fáceis e que não exijam nenhum pensar.
Nessa condição esperam ser comandados, estão prontos a obedecer e a seguir os costumes, crenças e a manifestar a “cultura”. O pessoal e o individual foram abolidos para dar lugar ao impessoal e ao coletivo – todo mundo faz tudo igual e espera e contribui para que os outros não façam nada que não reflita o coletivo, o cultural e as crenças e costumes aceitos.
Deve ser entendido que aqueles que dominam sobre a sociedade promovem e incentivam crenças falsas, crendices e manifestações culturais degradantes – não querem que o povo pense, tenha qualquer autonomia. Tudo acaba em tabu, em costumes e crenças estabelecidas e indiscutíveis. Esportes de competição, divisão social em grupos antagônicos, promoção de preconceito, de rivalidade, de desconfiança são meios de manipular o coletivo.
Não há nada de natural na cultura, mas nela tudo é artificial, forjado, intencional. A evidente degradação social é reflexo de crenças, costumes e ideologia manipuladas e sem sua base natural, na Lei Única. É claro que isso promove uma inversão onde a cultura determina a política, a política determina a economia e a economia o homem e esse homem pervertido, as leis de Estado, as quais o condenam a indignidade e a escravidão.