Se submeter a essa ordem torcida da civilização é vender a progenitura por um prato de lentilhas. Isso é o que faz a maioria.
A maioria é apenas a massa, o coletivo, do qual podem ascender os melhores, individualmente, através da vontade. Por outro lado, aqueles que sucumbem e são esmagados no processo de coletivização, são a maioria.
A “democracia” é a falácia e a farsa de uma suposta evolução casual, acidental, automática, darwiniana, que jamais ocorreu e jamais ocorrerá – cujo resultado factual são todas as civilizações do passado e do presente que são inexoravelmente aniquiladas no processo cíclico de ascensão e queda. A escolha da maioria estúpida, escolha esta que é imposta à uma minoria que não compartilha dessa escolha, é o princípio da involução e decadência.
Os usurpadores e manipuladores, todos aqueles que governam e fazem parte do Estado, pretendem que agem em nome dessa maioria, para a maioria, para o coletivo e assim, estariam legalmente autorizados a comandar o povo. O povo, imagina que os escolheu e que seus supostos escolhidos fariam o que desejam e isso seria o melhor.
Entretanto, todo esse processo fraudulento se afasta da Lei, daquilo que é voluntário e consciente e contrário a verdadeira evolução. A evolução só pode ser pessoal, consciente e jamais coletiva – não há nada externo que possa fazer o que cada homem pode e deve fazer. O homem foi concebido como um ser capaz de preservar a si mesmo e assim o bem que faz a si mesmo e o mal que evita para si não faz o mal ao outro – o que não quer para si e, ao mesmo tempo, pode fazer o bem para o outro na mesma medida como deseja para si – que são a definição de justiça e de amor. E esse bem tem como fonte a autopreservação. Isso, não pode ser determinado por outro e não pode ser imposto coletivamente ou forçado pela maioria. Os ajustes e ações para o bem e contra o mal só podem ser conscientes e, portanto, individuais. Ninguém fará o bem em nome de todos porque isto é impossível. O bem é sempre voluntário, consciente e pessoal e assim, um exercício dinâmico contínuo. O que é estático e coletivo só pode ser o mal porque é contra a autopreservação e a consciência. Tudo o que é automático, determinado desde o exterior, não é humano, mas do inimigo o qual quer impor sua vontade sobre todos e sonha com um mundo melhor que imagina que pode e deve determinar para todos e sempre. Esse é o desejo de Lúcifer, o anjo caído, e de todos que o servem estupidamente. Lúcifer é o princípio revolucionário, de uma nova ordem definitiva, estática, petrificada e futura. A democracia é o sistema que foi concebido para ocultar o reino do anjo caído como uma melhora à Lei, a Deus.
Ninguém pode servir a Deus, a Lei, automaticamente, inconscientemente e óbvio, seguindo um comando externo, irresponsavelmente, mas imaginando ser a vontade da maioria e registrado em leis de estado. Isso é uma ordem revolucionária que pretende que, num futuro mítico, a perfeição nasça do caos, automaticamente.
O desconhecimento e a vida sem as leis cósmicas e naturais condena o povo a viver sob a tutela das regras sociais. Tudo se resolveria num futuro mítico, sob leis incertas, desconhecidas e por certos eleitos de Deus e do povo. Essa doutrina acredita que o homem é incapaz enquanto que certas instituições e pessoas seriam superiores e a solução para tudo, o que é superstição e a real causa da decadência humana. Assim como as escrituras, que são letra morta, as autoridades constituídas e o “Estado”, são apenas criações humanas. O homem, o indivíduo, está acima de todos eles porque é vivo e criado pela Lei, que é Deus. Nele está, potencialmente, toda a perfeição e bondade. Só o homem pode evoluir e compreender – a ele está reservado o poder de se unir a Deus. Está nele a Lei eterna e invisível, sem começo e sem fim.
Foi Lúcifer quem rejeitou e menosprezou, pela primeira vez o homem, criação divina e habitado pelo espírito. Os homens que imitam Lúcifer, agem como rebeldes, como revolucionários e críticos à obra de Deus.
O homem, como ser auto evolutivo, autopreservador não pode ser forçado a nada, mas a ele ensinada a lei cósmica e natural. É dele que deve e pode emanar a compreensão, a consciência e a vontade. Permitir, submeter-se, entregar sua condição humana a qualquer poder do mundo, incluída doutrina religiosa, ciência, tecnologia, poder político é rejeitar a progenitura divina. A condição humana significa responsabilidade sobre essa condição e, entregar ou barganhar isso a qualquer poder que não o da consciência, é se declarar um escravo e declinar da própria humanidade.
A doutrina que prega que o homem deve obediência a qualquer autoridade constituída, patrão, messias, escritura, porque esses seriam eleitos pela divindade e/ou a “palavra de Deus”, negam a divindade humana e sua criação como imagem e semelhança do Criador. A civilização se afastou tanto da verdade que as pessoas esqueceram de sua origem, do Caminho, de quem são e o que vieram fazer aqui.