O que o Mestre Ensinou


O Mestre Nazareno Yaohushua, não ensinou religião, mas Metanoia (mudança da mente) e Renascimento.
A não ser que o Evangelho seja tomado pelo que ele é e levando em conta como foi organizado e com que objetivo, ler e estudá-lo será inútil ou um prejuízo.


É mais do que evidente que essa escritura não tem nenhuma intenção de ser fiel a história e é muito possível que a maioria do que está ali não corresponde aos fatos históricos e nem suas datas precisas. Não é um documento histórico, revolucionário, ou, menos ainda, um relato da “vida” e milagres, do Salvador, com regras morais de conduta para seduzir e convencer os “fiéis” a aderir, se converter a uma religião ou igreja. É uma obra onde tudo tem um significado e um objetivo de transformação psíquica, interior, pessoal e, jamais, coletiva.
Nada nela tem a ver com coisas externas, com a vida social, mundana, mas com o invisível, com um acréscimo da consciência e da compreensão.
Ali tudo é paradoxal, difícil, até contraditório e impossível de ser aproximado sem o conhecimento de uma nova linguagem, muito diferente da comum falada na vida. Não é uma doutrina possível de ser ensinada diretamente, sem uma preparação.

Vários personagens são exemplos de como cada um de nós tomamos ingenuamente, literalmente, superficialmente o ensinamento mais elevado e precioso.
É recorrente que os literalistas e fundamentalistas insistam que a vontade de Deus se cumpre na Terra e esperam, assim, um paraíso terrestre, um jardim do Éden, um Rei que aniquilaria todos os maus e aqueles que não pertencem a sua “fé”! Está claro e cristalino que a vontade de Deus não se cumpre na Terra e, antes que isso seja possível, é preciso uma mudança da mente e o renascimento da humanidade. Mas, mais uma vez, o portão é estreito e muitos serão chamados e poucos “escolhidos”, etc..


A questão pouco compreendida, ao lado dessa, é que não se deve esperar nenhum apocalipse, um fim do mundo místico com a destruição dos maus e a preservação dos “bons” (é claro, somente aqueles de sua própria religião e igreja, como ingenuamente imaginam!) e que as pessoas tal como se encontram, tal como a sociedade as fez, possam compreender as coisas elevadas do mundo espiritual. Os sacerdotes, pastores que falam como se conhecessem a vontade de Deus, e se sentem capazes de ensinar e comandar a vida dos fiéis não estão, de nenhuma maneira em condições de fazer isso. A história de Nicodemo, o príncipe dos Fariseus, que certamente sabia muito e lhe foi dito que não compreendia nada é exemplar. Seu contato direto com o Mestre não lhe garantiu que mudasse, assim como nem ao discípulo Judas, que traiu o Mestre, e muitos outros que tiveram o privilégio de conhecer o Salvador. Vejam que as coisas não se resolvem por poderes externos, por milagres, por impor a vontade de cima, mas dependem de um longo caminho pessoal de preparação e ascensão e sempre é surpreendente – vem naqueles que não esperamos.


Portanto, todo o pseudo-ensinamento se fez em disputas, sectarismo, guerras, matanças, tortura, escravidão, loucura e violência porque alguns se acharam superiores e impuseram suas vaidades e incompreensão como verdades sobre os outros.

É claro que isso é a evidência cabal de que não se compreendeu nada do Ensinamento do Mestre porque ele está muito acima da humanidade, do nível de ser, de compreensão do homem natural.
Se um homem não se dá conta de sua condição, do estado segmentado e incoerente de sua mente e ser, não pode dar o primeiro passo no caminho.
Em seguida é necessário procurar compreender o significado da Metanóia e do Renascimento, sem o que não pode avançar no Caminho e nada entenderá do Evangelho.

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