A conexão com a origem está se rompendo rapidamente. A fé desaparece e o materialismo e a confiança nas soluções pela ciência, tecnologia e politica dominam tudo.
O fruto venenoso da árvore do bem e do mal amadureceu e a humanidade está obrigada a engoli-lo.
Ser humano implica responsabilidades: auto controle, autocura, auto salvação, autonomia, autopreservação. Não se pode negociar coisas que só nós mesmos podemos e devemos fazer. Isto está no mesmo nível de comer, respirar, dormir, etc.. Insidiosamente uma doença terrível e mortal avançou sobre a humanidade obrigando os doentes a viverem uma vida artificial e falsa: a vida dos outros! O vazio íntimo, a mediocridade e nulidade somadas a uma ignorância absoluta de si mesmas obrigam que vivam para o exterior, dominadas pelos sentidos, atraídas pelas aparências se tornam cada vez mais vazias e orgulhosas. As pessoas que cuidam de outras são aquelas que amam. Hoje, as pessoas que se interessam pelas outras são movidas pelo ódio, pelo desejo de controlar, de usar, de dominar ou de aniquilar. Se deixar seduzir pelas promessas de uma vida confortável, segura e “direitos” é uma armadilha cruel. Aqueles que oferecem esses supostos benefícios não avisam que isso implica a perda de toda autonomia e humanidade. É mais ou menos se vender por um mísero prato de lentilhas. É a entrega do direito de primogenitura por NADA! Essa condição abjeta de servo condena a uma vida vazia, a viver ocupado com mediocridades e preocupações fúteis. A crítica aos outros, se ocupar com a vida alheia é um sinal do estado miserável em que alguém se encontra. A criação de dependência, de compromissos é parte da estratégia de prender eternamente a vítima a uma vida vazia e tola a serviço do coletivo.
Negociar e barganhar sobre as próprias responsabilidades é infantil e perigoso. A civilização com suas extensões sociais e o Estado explicitamente e implicitamente retiram essas responsabilidades da pessoa e lhes atribuem outras que seriam obrigações com a sociedade somadas a centenas de regras e códigos de conduta que nada tem a ver com as funções naturais e cósmicas que, essas sim, são responsabilidades e também meios de evolução necessários para a vida
Essa nova ordem e organização de vida imposta e sugerida pela civilização é, de fato, um assalto aos meios naturais e vitais e impedem qualquer progresso e o despertar da fé e da consciência. A pessoa é conduzida a ser uma peça da sociedade que serve a um sistema estranho a sua natureza e destino cósmico e a leva passar a vida envolvida com coisas artificiais e tolas que são ocultamente causa da morte de sua alma, porque tudo aquilo de que precisa para o seu despertar e evolução lhe foi retirado e substituído por obrigações e condutas sociais inúteis e a serviço de funções estranhas a real natureza humana.
É mais ou menos uma troca de ouro por calhaus e pedras, mas que é apresentado desde o berço como algo vantajoso ou mesmo imposições sobre as quais é impossível negociar. Isso tudo ocorre de forma que a pessoa não se revolte porque o início é apresentado pelos pais na sua famosa “educação”. Depois o condicionamento de comportamentos externos e internos continua na “escola” e nas mil outras atividades, lazer, socialização, sexualização, religião, modas, hábitos, trabalho, construindo uma coisa social, a serviço de algo muito contrário à natureza e propósito para que foi criada. Nesse processo de perversão e decadência, a saúde é permanentemente alterada e a vitalidade diminuída. O resultado é um zumbi nascendo de um ser humano.
Chamam a isso de “civilização” como se fosse uma grande conquista humana, quando é uma eficiente máquina de fazer autômatos, incapazes de realizar o destino humano real e pessoal – interno. O esforço maior da civilização é anular o indivíduo e substitui-lo pelo coletivo.
As promessas, “benefícios” e serviços de segurança, saúde, empregos, ambiente propício para negócios sob o pagamento de 50% de tudo o produzido, “aposentadoria”, entre outros, entram nessa troca e, na prática, não só não correspondem ao esforço, como são extremamente prejudiciais.
O que é difícil de se dar conta e mesmo virtualmente impossível é que essas conquistas e vantagens escondem a destruição da humanidade e a atual crise (pandemia) acompanhada de todas as ameaças diárias e conspirações revela a farsa e o fracasso inegável de tudo. Não estamos aqui dizendo que as coisas devem ser mudadas, mas que aqueles que estão meio despertos precisam ver melhor e entender que é necessário lutar para se libertar procurando instrução, conhecimento, esse que não encontrarão na vida, mas somente fora dela.
Para resumir, os hábitos, modos de vida e de pensar da civilização são contra a vida, contra a saúde, contra a evolução possível ao Homem. É uma fábrica de robôs obedientes e que jamais acordarão de seu sonho hipnótico induzido por um sistema perverso. Criam máquinas e autômatos do que poderiam ser homens.
A coletivização e a supressão do indivíduo é pavimentado pela substituição das responsabilidades e mesmo das funções básicas relativas a autopreservação por mil regras e códigos vazios. Isso passa a “ocupar” uma pessoa não somente externamente, mas internamente, em seu pensar e sentir de modo a que “esqueça” completamente de si mesma e fique envolvida com futilidades e sonhos tolos.