O Homem é criado por uma inteligência divina e suas possibilidades são imensas. O potencial humano está muito além do que revela o homem médio e isso lhe traz uma responsabilidade proporcional, ou seja, na mesma medida em que recebeu é esperado que multiplique o “capital” recebido. Porém, ele pode desprezar e até desperdiçar seu dote, como também pode trabalhar para multiplica-lo. Deve-se enfatizar que ele não é obrigado e/ou forçado a nada, mas colherá exatamente o que plantou.
É pateticamente infantil imaginar que sem um esforço determinado, voluntário e consciente, seria possível colher o que não se plantou – isso seria injusto. Tudo, sem exceção, é resultado de trabalho preciso e justo – aqueles que insistem no recebimento de graças por um Criador benévolo, porque o homem seria um pecador, incapaz e bastaria crer, se ilude ou engana outros.
As supostas diferenças na sorte e vantagens materiais entre as pessoas são ilusórias. Todos recebem, não somente um potencial exatamente compatível, mas porque são todos indivíduos, portanto, diferentes, suas vidas, suas condições para desenvolver esse potencial pessoal, também serão perfeitamente adequadas ao que precisam para crescer – qualquer comparação sendo despropositada. Mas, eles podem, voluntariamente e livremente aceitar ou recusar suas vidas e isso é inteiramente pessoal e intransferível, não dependendo de ninguém, seja para contribuir ou prejudicar.
Apesar das aparências, todos os seres humanos têm exatamente as melhores condições para sua auto-evolução. Ninguém recebe nenhuma incumbência que não possa fazer frente e, nada, absolutamente nada, o impede de fazer sua escolha e conquistar sua coroa. A ideia sentimental e ingênua de que acreditando estará tudo resolvido é um verdadeiro atraso e impedimento. Não há nada gratuito no Universo e cada ser humano precisa conquistar o céu pelo próprio esforço em evoluir, em transformar-se, em renascer. As doutrinas que fazem do homem um coitado, um pecador a espera de perdão e graças são perniciosas e impedem a paz e o aperfeiçoamento. O amor do Criador se revela em nos dotar com uma mente, um equipamento e condições de vida capazes de compreender a Sua obra e de participar do Universo como deuses e não em uma “salvação” geral e irrestrita para preguiçosos e incompetentes. Por outro lado, o nosso amor ao Criador se revela em buscar o conhecimento e cumprir com as leis naturais e cósmicas e isso é pessoal e intransferível. Ninguém fará aquilo que é sua tarefa, que você pode reconhecer e querer ou, rejeitar.