Os Mitos da Alimentação Cadavérica

Há muitas questões relevantes na alimentação com a carne de animais que devem ser desmistificadas. Não importa que aqueles extremamente viciados, habituados e dominados sutilmente por esse comportamento continuem nele, mas como vejo, é importante que não possam se justificar com falsos conceitos e teorias pseudo-científicas que dão suporte à ingestão de carcassas. Não pretendo esgotar a questão, mas trazer alguns aspectos relevantes que sirvam para derrubar o mito.

Para começar, toda a proteína é veneno para o homem e precisa ser quebrada em seus componentes básicos – os aminoácidos. Depois que as moléculas de proteínas são feitas aos pedaços, durante a digestão( e isso é sempre uma situação emergencial para o organismo) os aminoácidos são recombinados para poderem fazer parte de nossos tecidos, células, sangue…Nenhuma proteína de carnes ou qualquer outra fonte é absorvida como é colocada na boca! Portanto, não nos alimentamos de proteínas. As proteínas contém aminoácidos que serão utilizados pelo nosso organismo para criar novas moléculas que não são as mesmas que ingerimos.

A questão crucial, entretanto, é a seguinte: nós, assim como todos os animais somos seres heterótrofos, ou seja, somos completamente incapazes de sintetizar aminoácidos, entre outros nutrientes. Ora, todo o mundo animal, sem exceção, é 100% dependente das plantas em relação aos nutrientes básicos, que são seres autótrofos, ou seja, elas são capazes de sintetizar entre outros nutrientes, TODOS os aminoácidos. Donde se conclui que não precisamos das proteínas de animais, ou seja, da carne deles.

O mundo vegetal contém todos os nutrientes necessários e ainda muito mais do que aquilo que os carnívoros procuram nas carcassas.

O mais honesto que os aficcionados por carnes podem fazer é reconhecer que são dependentes desse hábito. O “gostar” não justifica, não é suficiente – os toxicômanos também “gostam” de se drogar. Como todas as carnes de animais são semelhantes, todas têm sabor e cheiro semelhante, incluída a carne humana.

Não, não há nenhuma razão científica, econômica, prática, humana, espiritual, para matar e depois comer as carnes daquilo que se desmembrou e eviscerou.

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